NIPAH VÍRUS: O VÍRUS LETAL QUE DEIXOU O MUNDO EM ALERTA
🦠 O vírus Nipah surgiu em 1998 na Malásia, causando surtos fatais e intrigando cientistas. Recentemente, reapareceu na Índia, levantando dúvidas: ele pode causar uma pandemia? 🌍 Descubra sua origem, como se espalha e o que ele revela sobre o futuro das pandemias. 🔍✨ #VírusNipah #Ciência #Pandemias #SaúdePública
O Vírus Nipah: Uma Ameaça Silenciosa com Potencial de Pandemia?
Em setembro de 1998, em uma zona rural de Ipoh, na Malásia, algo assustador começou a acontecer. Criadores de porcos e um funcionário de um açougue passaram a apresentar sintomas graves: febre, dores de cabeça e convulsões. Poucos dias depois, o funcionário do açougue sucumbiu a uma inflamação cerebral.
Meses depois, em dezembro do mesmo ano, na área rural de Kuala Lumpur, um novo surto acometeu 10 criadores de porcos, além de duas crianças, que entraram em coma e faleceram devido a encefalite – uma inflamação no cérebro. O que estaria causando essa doença mortal? E mais: haveria risco desse organismo infeccioso, provavelmente um vírus, se espalhar para outros países, gerando uma pandemia?
Avançando para 2021, o vírus Nipah reapareceu, desta vez na Índia. Será que ele tem potencial para se transformar em uma nova ameaça global?
Uma Descoberta Alarmante na Malásia
Em 1999, cientistas começaram a investigar os surtos na Malásia. Inicialmente, acreditava-se que se tratava de um surto de encefalite japonesa, uma doença neurológica transmitida por mosquitos. No entanto, algo parecia fora do comum. Por que apenas criadores de porcos adoeciam? Além disso, a encefalite japonesa raramente era fatal em adultos saudáveis, enquanto a nova doença apresentava uma taxa de mortalidade alarmante de 54%.
Os porcos também estavam doentes, mas com sintomas respiratórios – algo inédito para a encefalite japonesa, que afeta principalmente o cérebro. A tosse dos animais era tão intensa que o som podia ser ouvido a mais de um quilômetro de distância, ganhando o apelido de "tosse de uma milha".
Com o mundo em alerta, cientistas da Malásia, liderados pelo virologista Chua Bing, começaram a investigar. Em uma amostra coletada em uma aldeia chamada Sungai Nipah, foi identificado um vírus até então desconhecido, que recebeu o nome de Nipah em homenagem à localidade.
O Reaparecimento na Índia
Em agosto de 2021, na província de Kerala, Índia, um menino de 12 anos apresentou febre e rapidamente piorou, desenvolvendo encefalite. O diagnóstico confirmou: era o vírus Nipah. O caso levou as autoridades a isolarem e testarem 188 pessoas que tiveram contato com o garoto. Felizmente, o surto foi contido.
O Nipah é transmitido por fluidos corporais, como saliva, sangue e urina, o que torna o contato próximo um fator de risco. Embora a transmissão não seja tão fácil quanto a do coronavírus, sua alta letalidade – que pode ultrapassar 70% – mantém especialistas em alerta.
De Onde Veio o Vírus Nipah?
A origem do vírus remonta a um fenômeno chamado spillover, quando um microrganismo salta de um hospedeiro animal para humanos. Na Malásia, descobriu-se que os porcos, inicialmente suspeitos como os hospedeiros originais, eram apenas transmissores intermediários. Após meses de pesquisa, os cientistas identificaram os morcegos, especificamente as raposas voadoras (Pteropus hypomelanus e Pteropus vampyrus), como os reservatórios naturais do vírus.
Os morcegos contaminam frutas ao morderem-nas ou através de sua urina. Porcos que ingerem essas frutas infectadas podem contrair o vírus e transmiti-lo a humanos.
O Nipah Pode Causar uma Nova Pandemia?
Apesar de sua letalidade, o Nipah tem características que limitam seu potencial pandêmico. Ele não é transmitido pelo ar, como o coronavírus, e suas cadeias de contágio são mais controláveis. Entretanto, sua capacidade de saltar entre espécies e causar surtos localizados reforça a necessidade de vigilância constante.
O caso do Nipah nos ensina uma lição importante: vírus silenciosos podem estar circulando entre animais e causar grandes impactos quando adaptados a humanos. A interação cada vez maior entre humanos e a vida selvagem aumenta o risco de novos spillovers.
Devemos estar preparados, não apenas para enfrentar as doenças que conhecemos, mas também para aquelas que podem surgir silenciosamente e transformar nosso mundo.
Fonte: Pesquisas feitas na Internet em sites especializados no assunto.